domingo, 21 de outubro de 2012

Crítica sobre Chaves

Chaves, o seriado mais querido do BRASIL está perdendo muito público e sendo prejudicado na audiência. 
Para se ter uma ideia na década de 90 o seriado Chaves exibido em 3 horários diferentes, 12:30, 18:00 e 20:30 costumava marcar entre 13 e 15 pontos e até incríveis 20 pontos no Ibope.
E hoje uns míseros 6 e 7 pontos, uma grande diferença.
A emissora já tirou o seriado várias vezes do ar, mas o público não deixou que isso acontecesse, como em 2004 o seriado foi tirado da programação e no horário em que ele era exibido passava desenhos animados e para que o CHAVES voltasse o público deixou de assistir ao horário que estava até zerando no ibope, um dia os ponto no ibope desenhos marcaram 0,8 de audiência por causa do Chaves ficando até atrás da TV Cultura. 

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“As pessoas gostam de assistir a reprises porque, muitas vezes, há quem não assistiu e há aqueles que assistem de novo, porque gostam. A reprise atinge todas as gerações. Por exemplo, um programa começou a ser reprisado em 1990, quando uma criança tinha cinco anos. Em 1995, essa criança passa a ter dez, e quem nasceu em 1990 estará com cinco anos. Então há sempre um público novo, no caso do infantil, por isso é que dá tão certo”, afirma o ex-diretor do programa “Os Trapalhões”, Del Rangel.
A verdade é que, com os altos índices em qualquer horário, “Chaves” se tornou uma espécie de coringa do SBT e passou a ser usado para alavancar a audiência de outros programas da emissora. Entre idas e vindas, vários episódios deixaram de ser transmitidos nos anos 90, sem uma explicação clara, o que aumentou ainda mais o número de repetições de cada episódio. Anos mais tarde – em 2011 – o SBT voltaria a exibir muitos “episódios perdidos”. A explicação clara só seria revelada um mês antes de exibição destes episódios, no especial “SBT 30 Anos”:
“Nós recebemos à época, cerca de 280 episódios de Chaves. 40% destes 280 eram chamados de episódios semelhantes, que tinham a mesma história e apenas alguns objetos ou personagens eram alterados. As histórias eram basicamente as mesmas. Nós optamos por exibir apenas os 150 episódios que nós temos hoje. Temos alguns episódios com problemas técnicos, sem condições de serem exibidos, com riscos ou batimentos de vídeo” , afirma Murilo Fraga, diretor de planejamento de programação do SBT.
Em 1999, o seriado “Chaves” causou uma das maiores surpresas para o SBT, tão impressionantes quanto o próprio sucesso do programa. Após seis anos de sucesso na Rede Record, a apresentadora Ana Maria Braga, então do programa “Note e Anote”, pediu demissão da emissora e assinou com a Rede Globo. Foram seis meses de produção até a estreia de seu novo programa, o “Mais Você”, marcado para as 13h40 do dia 18 de outubro de 1999. Com picos de oito pontos de ibope na Record, a probabilidade de Ana Maria Braga conseguir triplicar esse número na gigante Rede Globo causou temor nas emissoras. Oh, e agora, quem poderia ajudar o SBT? Não, não era o Chapolin.
Após muita discussão no SBT, novamente veio a decisão final por parte de Silvio Santos. A ordem foi clara e precisa: “Coloquem o Chaves”, disse o dono da emissora. [...] Chaves já estava sendo transmitido e reprisado pelo SBT havia 15 anos e, portanto, não teria a mesma vitalidade de outrora. Isso, pelo menos, foi o que disseram alguns funcionários do SBT quando souberam da decisão do patrão. 
Com astúcia, o homem do baú acertaria mais uma vez. Na tarde de estreia do programa “Mais Você”, o seriado “Chaves” atingiu 16 pontos de média, enquanto a estreia de Ana Maria Braga apenas oito. Durante dois meses, o SBT conseguiu superar por pelo menos 12 vezes a Rede Globo no horário graças ao “Chaves”.
No ano seguinte, mais uma grata surpresa: “Chaves” atinge 20 pontos no ibope, contra 11 do programa de mesmo horário na Globo. Não importava o horário, “Chaves” fazia com os concorrentes o mesmo que com Quico, no seriado: os deixavam loucos.
“Enquanto o SBT tem programas caríssimos, com despesas de produção, cenário e pagamento de pessoal que custam milhões à empresa, “Chaves” custa só R$1,5 milhão por ano. Isso porque o valor do contrato triplicou há pouco tempo. O “Chaves” é uma carta na manga que se tem nesse jogo que é a televisão. Tanto é que todas as emissoras quiseram comprar quando o contrato do SBT estava perto de expirar. Pode ser o horário que for, que dá audiência.” , diz Luiz Rangel, supervisor de programação do SBT-Rio.
Se não fosse o ano de 2003, poderíamos dizer que “Chaves” é exibido há 27 anos initerruptamente pelo SBT. No entanto, em uma tarde agosto daquele ano, o seriado saiu do ar pela primeira vez. A emissora não havia anunciado a saída do programa, tampouco dado explicações sobre isso. As cerca de oito milhões de pessoas que assistiam o programa diariamente no Brasil se sentiram como o pobre menino Chaves: órfãos. Após uma semana intensa de reclamações – estima-se que mais de cinco mil e-mails foram enviados para o SBT com o assunto, além de cartas e telefonemas – o seriado “Chaves” voltaria ao ar duas semanas depois. Junto com ele, “Chapolin”, que havia saído da grade de programação por um período maior. 
“Acho que o SBT queria mexer com o público, fazer cada fã sentir falta do Chaves, numa tentativa de aumentar ainda mais sua audiência quando retornasse ao ar” , afirma Thiago Marocci, produtor do extinto programa “Falando Francamente”.
Aliás, o programa “Falando Francamente” foi um dos que mais se aproveitou para alavancar pontos de audiência. Quando a apresentadora Sônia Abrão apresentava um tema sobre “Chaves”, os índices praticamente dobravam. Foi assim, por exemplo, na entrevista com Edgar Vivár, ator que interpretava o Sr. Barriga e que compareceu ao programa durante uma visita ao Brasil.
Em outubro de 2006, o seriado “Chaves” foi relançado pela Televisa. Desta vez, em versão de desenho animado, idealizado pelo filho de Roberto Bolaños, Roberto Gómez Fernández, e escrito pelo próprio Bolaños. A grande decepção é a ausência da Chiquinha, já que a atriz Maria Antonieta de Las Nieves ganhou uma disputa judicial com Roberto Bolaños pelos direitos da personagem.
O desenho animado estreou no Brasil em janeiro de 2007, no SBT, e alcançou bons índices de audiência, chegando a dar picos de mais de 10 pontos. Atualmente, é exibido pelo canal fechado Cartoon Network.

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