sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Balanço 2012: O Regresso de "A Usurpadora" ao SBT

http://natelinha.uol.com.br/img/pag/315x265/img20121227165824.jpg“Un día llegaré, con um disfraz, distinto el color, la misma faz...”. Quem não conhece os primeiros versos dessa música? 
 
Ela está no ar diariamente a partir das 16h15, desde o último dia 10, quando o SBT passou a apresentar a quarta reprise da novela mexicana “A Usurpadora”. As outras foram ao ar em 2000 (pouco após o término da primeira exibição), 2005 e 2007.
 
A novela não tem feito feio no Ibope e vem atingindo médias entre 5 e 6 pontos. Uma audiência respeitável se levarmos em consideração o número de apresentações. Passa longe de sonhar com a liderança como aconteceu na reprise de 2005, mas ainda assim segue de forma confortável no segundo lugar.

Há 13 anos
 
Em 1999, “A Usurpadora” fez um estrondoso sucesso, chegando a médias superiores aos 20 pontos de média, “usurpando” audiência do “Jornal Nacional”. A protagonista, Gabriela Spanic, foi então convidada para vir ao Brasil e divulgar a novela. Apareceu em todos os programas do SBT, ganhou uma homenagem memorável no extinto “Em Nome do Amor”, de Silvio Santos, e fez até propaganda do Baú da Felicidade.


O segredo do sucesso: existe?
 
Alguns especialistas em novelas afirmam que “A Usurpadora” é um autêntico resgate dos folhetins franceses do século XIX e foi até tema de estudos acadêmicos na época.
 
Para o assessor de imprensa Tiago Queiroz, 24 anos, a falta de boas opções à tarde ajudou para que ele voltasse a assistir a trama. “Ajudou o público a procurar a novela (a falta de opções), e se tivesse algo bom e bem trabalhado, com certeza trocaria”, declarou.
 
“Quem nunca viu alguém torcendo pela Paola ou Paulina na timelime do seu Facebook?”, questiona Tiago, que disse ter visto também “A Usurpadora” na sua primeira exibição já que sua mãe assistia e não tinha muitas escolhas.
 
A universitária Laís Lubrani, 19 anos, sempre foi apaixonada pela história da novela, embora o bem contra o mal seja bastante clichê. “É clichê, sim, mas o enredo é diferente. Só de ouvir a música tema me dá um arrepio que não consigo explicar. A novela sempre terá público fiel, e quem está acompanhando são os verdadeiros fãs, que amam o drama de Paulina e as maldades de Paola”, disse.
 
Laís ainda enfatizou o grande trabalho da dubladora das protagonistas: “As personagens foram dublados de forma magistral por Sheila Dorfman, que traz em sua voz o choro e o riso antagônicos das personagens principais”


A legião de fãs que se formou em torno da novela é realmente impressionante e dizer que ela se tornou uma lenda seria apenas constatar o óbvio. Mas, sempre tem aqueles do contra, como André Couto, 26 anos, estudante de administração: “O SBT não tem mais o que passar e sempre voltam nessa velharia. Por mais que essa novela seja boa, e até vi quando passou da primeira vez, esse tipo de coisa já está ultrapassada. O Silvio Santos não investe em nada e fica repetindo novela e seriado a tarde inteira”, falou André, que disse ainda não pensar em voltar a assistir “A Usurpadora”, mesmo que esta fosse sua única opção na televisão.
 
O SBT deu um descanso para Thalía, que ficou por mais de um ano de forma ininterrupta no ar. Muitos queriam a volta de “Rosalinda”, desagradando seus fãs mais fervorosos. Mas, por outro lado, presenteou outros telespectadores. “Rosalinda” talvez volte em um futuro próximo, já que ela ainda pertence à emissora. 
 
“A Usurpadora” entrou no seleto rol de novelas mexicanas que criou fãs absurdamente fanáticos e bastante fiéis. O mérito é da novela, que embora bastante clichê (ficar dizendo isso é chover no molhado) tem qualidades que saltam aos olhos. Sempre vai haver público cativo.

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