SBT sofre mais uma vez na mão dos executivos

“Respeito, inovação e identidade são esquecidos pelo SBT”

O SBT surpreendeu a todos com pronunciamento do cancelamento de “Carrossel” para volta do “Aqui Agora”. Este foi tão precoce e amador quanto a reprise da novela, que nem descansou no acervo documental da emissora. O absurdo ficou mais inadequado ainda quando SBT anunciou a volta da reprise daqui um ano.

A volta do “Aqui Agora” demonstra o que está na cara, na face e por trás do que a emissora vem fazendo nos últimos meses para conseguir a vice: quer o AQUI, esquecendo cegamente o AGORA, mais ainda o futuro. Com reprises inadequadas, programas esquecidos, sem manutenção quase nenhuma, como é o caso do “Programa Raul Gil” e “Domingo Legal”, que precisam de cortes e ajustes urgentemente.

Sem contar o cast da emissora, há anos no morto e vivo, sem grandes nomes. Piorando ainda mais com a onda de corte para fechar as contas no verde.  São misturas perigosas. Pelo visto os executivos das emissoras não conhecem o ramo da televisão. Não planejam, não buscam qualidade e diversidade, não buscam o mercado e novos talentos. As apostas em novidades na televisão virou raridade; acreditar na arte e na sua formação, mais ainda. A reprise virou normalidade. – O SBT que o diga.

Mudança na grade de programação, cancelamento de programação e montanha russa de novelas entaladas, fazem do SBT um canal que não pensa, não produz e não evolui artisticamente. Essas últimas ações do SBT fizeram a emissora crescer em números, mas um crescimento pequeno e inexpressivo. E por pouco tempo. A queda se explica porque televisão é arte, e é dessa arte que o telespectador gosta. Arte que nos surpreende, arte que nos informa e atualiza, arte que transforma o texto em cenário e grandes interpretações. Ela é a segunda dona de tudo que produz dentro da televisão depois do público, porém exige: respeito, inovação e identidade. Coisas esquecidas no SBT.

Vemos os mesmos erros na Record, a rede também esta se esquivando do caminho de uma nova arte. Cada vez virá mais escassez na TV brasileira. – É ou não é falta de comprometimento com o telespectador?