Quem te viu e quem te vê |
Estamos notando um SBT ativo em questões jornalísticas. Circula na web trecho do SBT Manhã onde, livremente, jornalistas analisam a liberdade de opinião de Jean Willis, senador com apenas 13 mil votos e Marcos Feliciano. Vimos outras demonstrações, como o conhecido caso de Rachel Sheherazade comentando sobre o Carnaval, a contratação de Luiz Carlos Prates, conhecido por comentários ácidos sobre temas espinhosos, além de Cabrini, que não se contenta com a análise, indo até a fonte da informação; não podemos esquecer a contratação de uma das melhores entrevistadoras do Brasil, Marília Gabriela.
A rede de Sílvio era conhecida por sua programação voltada para a dona de casa, com grade repleta de novelas mexicanas, porém tem se mostrado atenta a tantos outros campos. E é exatamente isso que queremos: variedade. É importante lembrar do mundo infantil e seu gosto por bons desenhos até a análise mais profunda sobre temas jornalísticos, por vezes correndo riscos de perder patrocinadores, como no caso do Banco do Brasil e Petrobrás, anunciantes do Programa Sílvio Santos; mesmo com nomes deste porte patrocinando a rede, o setor de jornalismo não se abstém de opinar com veemência sobre os últimos contratempos da empresa petrolífera.
Mostrar o jornalismo para o brasileiro requer sensibilidade, não basta jogar a notícia na tela, agindo assim verá a audiência despencar, é preciso envolver o telespectador, atraí-lo com guloseimas e, aí sim, apresentar a realidade. Não somente via informação, nosso povo gosta de um bom papo, quer conversar sobre o assunto, entrando, assim, Rachel, Luiz Prates e tantos outros nomes. Depois vem outro segredo, básico e que deveria ser copiado: a personalidade do âncora. Chega de pompa, de vozeirões, cara amarrada, é preciso cativar nossa atenção com a simpatia de um Nascimento, Joseval Peixoto e tantos outros.
A linha atualmente seguida pela equipe de jornalismo da rede tem conseguido abranger todos estes itens e, por vezes, atingido o primeiro lugar em audiência, como no caso de Cabrini. Se no passado Sílvio apostou pesado em jornalismo mas teve que desistir por falta de público, espero ver o brasileiro reconhecendo todo este trabalho e ciente de sua importância para termos uma TV aberta com mais qualidade.
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