No inacreditável “Teste de fidelidade”, programa de João Kléber na RedeTV!, acontecem coisas de que até Deus duvida. As acareações entre traídos e traidores são um dos pontos altos. Outros ficam por conta do desvendamento de mistérios como “ele faz uma coisa estranha, mas só no quarto, de noite. O que será?". São blocos e blocos em que o suspense se arrasta com João Kléber afligindo o aflito em casa.
Ninguém se preocupa em disfarçar muito as encenações, o que faz com que furos grosseiros aconteçam. Um exemplo. O casal vinha por uma rua, conversando. Ele “não sabia”, mas o papo estava sendo gravado (com som de estúdio). Foram até um apartamento depois de passarem por mais de 20 câmeras “escondidas” pelo caminho. Já no apartamento, ela tira a blusa e a saia. Fica de sutiã e calcinha. E o som da conversa continua sendo captado. Aí fica a pergunta que não quer calar: onde estava escondido o microfone que captava toda a conversa?
Que público gosta desse tipo de atração? Provavelmente o mesmo que acompanhou entusiasmado a estreia no horário noturno de “Casos de família”, do SBT, na semana passada. Naquela noite, Christina Rocha (foto) levou três rapazes ao palco para testar a legitimidade dos seios e bundas de moças e travestis no palco. O conjunto da obra foi de muito mau gosto, mas o programa cravou oito pontos (em São Paulo), um bom índice para o SBT.
A direção da emissora, no entanto, tirou o “Casos de família” do ar. A explicação oficial, um “ajuste na grade”, é um pleonasmo em se tratando do SBT. Mas é fácil imaginar que essas atrações repelem o anunciante. Não só ele: num longo prazo, nenhuma delas estabelece grandes audiências. O número de trouxas, felizmente, é limitado.
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