domingo, 12 de janeiro de 2014

OPINIÃO 2: Patrulha Salvadora demonstra avanço na dramaturgia infantil do SBT

Hoje estreou a Patrulha Salvadora, série com os atores da novela Carrossel, escrita por Íris Abravanel e seus colaboradores, com direção de Ricardo Mantoanelli e direção geral de Reynaldo Boury.

Confesso que, pessoalmente, não estava confiante de que uma continuação da novela Carrossel, embora com outra entonação, pudesse dar certo. Por isso, para assistir a estreia, chamei meu irmão mais novo para que ele também pudesse opinar, afinal, se é uma série para o público infantil, nada mais justo do que ouvir e presenciar ao vivo as reações de quem entende do assunto. 

As características originais dos personagens de Carrossel estavam lá: O Cirilo é ingênuo, apaixonado por Maria Joaquina e lança toda hora seu bordão “Eu só quis dizer”; Jaime é esperto e gosta de comer muito; Daniel é o mais inteligente da turma; Maria Joaquina é metidinha e esnoba o Cirilo, e por aí vai. Em Patrulha Salvadora, por outro lado, as características peculiares dos personagens não são meros detalhes para constituir uma história comum como era em Carrossel, aqui elas são valiosas para descobrir o mistério apresentado no inicio da série, o que a torna muito mais interessante.

As semelhanças com o desenho Scooby-doo são realmente nítidas, sobretudo quando as crianças correram do monstro na fábrica de brinquedos e a forma como ele foi descoberto pela turma. Só faltou o Rabito gritar no final Rabitu-bi-dooo. Mas, brincadeiras a parte, foi bastante divertido. A cena em que Carlinhos Aguiar tenta pegar a chave com uma vara de pescar, por exemplo, foi hilária. A divisão de cenas, aliás, foi um dos pontos altos da série. O ritmo está completamente adequado para as crianças da atualidade, que estão acostumadas com os velozes equipamentos tecnológicos. 


Os efeitos especiais e os stock-shots que remetiam as histórias em quadrinhos estiveram muito bons, muito acima da média se consideramos que esse é o primeiro trabalho do gênero na teledramaturgia do SBT. Além disso, outro ponto alto da série foi o gancho para o próximo episódio. Mérito do roteiro e da direção. Afinal, quem assistiu ao primeiro episódio, assim como eu, aposto que está curioso para saber: quem sequestrou a menina que não teve seu brinquedo favorito roubado?

Independente da audiência conquistada, ainda não sei quanto foi a média no Ibope, tanto eu quanto meu irmão mais novo (chamei-o de termômetro), adoramos a série. Fiquei orgulhoso de ver que o SBT realmente fez um produto com cuidado e que está evoluindo no setor de teledramaturgia infantil, e, principalmente, por ter se permitido apostar em um roteiro novo. Patrulha Salvadora tem tudo pra ser mais um sucesso para garotada.

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