domingo, 10 de fevereiro de 2013

"As novidades do Domingo Legal virão de forma estratégica", diz Celso Portioll

Tradição nas tardes de domingo da TV brasileira, o programa Domingo Legal (SBT) completa 20 anos no ar. Na briga pela vice-liderança, o programa tem média entre 5 e 6 pontos, segundo o Ibope (cada ponto equivale a 61 mil domicílios), e, desde 2009, é comandado por Celso Portiolli, que assumiu o posto quando Gugu Liberato, que apresentou o dominical por 16 anos, assinou com a Record. 

Portiolli, que na época também pensava em mudar de emissora, recebeu de Silvio Santos a missão de manter o programa em um dos horários mais disputados da televisão. “Eu não tinha noção do que era comandar um programa de domingo. Mas não me preocupo com essa pressão”, garante Portiolli, que já foi apontado como a grande aposta da emissora de Sílvio Santos.

INVESTINDO NA PRODUÇÃO Para chegar ao estágio atual, Celso Portiolli contou com o apoio de pessoas que fazem parte da história da atração desde o início, como o diretor-geral Roberto Manzoni, conhecido como Magrão, um dos criadores do Domingo Legal. “O formato se renovou, ganhou um novo público e, hoje, tem o jeito do Celso”, define o diretor.

Liminha, o animador de auditório mais famoso da TV, também está no programa desde a estreia. Para ele, o sucesso nessas duas décadas se deve à memória afetiva do telespectador. “É um programa que marcou gerações por ser alegre. O público, na plateia ou em casa, nos devolve essa energia.” 

A atração foi também palco para novos talentos e serviu de inspiração para os aspirantes ao sucesso. Foi assim com a dupla Munhoz & Mariano, que é fã do dominical desde a infância. “Todo artista quer estar no palco do Domingo Legal’. Assistíamos pensando em um dia estar na TV”, lembra Munhoz. “E a prova da banheira? Quem não lembra dela não via televisão”, brinca Mariano.

Outra característica do Domingo Legal é o noticiário em tempo real. Em 1996, a atração fez uma grande cobertura do acidente que matou o conjunto Mamonas Assassinas. Desde então, o jornalismo vem fazendo parte da atração. “É um programa que permite isso. Então, temos a liberdade de conduzi-lo de acordo com o que acontece no país”, conta Manzoni.

Para Celso Portiolli, esse é um dos maiores desafios. Habituado à linha de entretenimento, o apresentador testa sua versatilidade quando precisa se arriscar no jornalismo. “As tragédias fazem parte do trabalho do comunicador, e as pessoas nos cobram isso. Aprendi a ser versátil e a lidar com qualquer assunto”, diz o apresentador, que comandou a cobertura da tragédia em Santa Maria (RS).

De olho na vice-liderança da audiência, o dominical, que tem um dos maiores faturamentos do SBT, deve investir em novidades. Uma das apostas deve ser a adaptação de formatos estrangeiros para quadros. O “Passa ou repassa”, programa exibido entre 1987 e 2000, também deve entrar na atração. “As outras emissoras ainda não fecharam suas programações. As novidades virão de forma estratégica”, despista Portiolli.

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