sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Com ‘Casos de Família’ noturno, SBT adere ao baixo nível total


Estreia de anteontem no SBT em novo horário — era vespertino, passou para as 23h — “Casos de família” foi parar nos trending topics do Twitter. Esse, é preciso dizer, foi o melhor lugar onde o programa foi parar. No mais, entrou definitivamente para a galeria das baixarias noturnas da TV aberta. Concorre, por exemplo, com “A fazenda”, da Record, que, na semana passada, brindou o público com uma guerra... de cuspe.

Não que, no antigo horário, “Casos de família” desse show de elegância. Christina Rocha arbitrava barracos (mal) encenados entre uma parentela envolvida em contendas de todos os quilates, mas sempre na base do grito. Agora, na faixa noturna, a mão pesou de vez.

A apresentadora surgiu no palco precedida de um grupo de rapazes caracterizados na linha Village People (de marinheiro, gladiador e outras fantasias de identificação menos evidente). Depois dessa entrada feérica, apresentou seus convidados. Aos três rapazes cabia julgar, entre seis “modelos” escondidos atrás de um tapume, quais tinham seios e traseiros “de verdade”, quais eram de silicone. A vedação de madeira deixava livres as áreas do corpo para a apreciação.

Christina convocou o primeiro especialista. “Diego, se quiser, pode tocar rapidamente, com respeito”, permitiu. O rapaz, imbuído de toda a noção de “respeito” do mundo, fez o exame clínico de maneira científica: apertou o quanto deu. Foi interrompido, entretanto, por um sapato lançado por uma moça da plateia. Era a suposta namorada dele, que explicou o gesto apelando para a linguagem corporal: “Pega no meu que é natural!”. Assim seguiu o programa, que tem coisas que não acontecem nem nas melhores famílias.

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