A cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, onde aconteceu um incêndio que matou 232 pessoas na noite de ontem, está organizando uma força-tarefa para atender as vítimas do desastre. Apesar de possuir uma estrutura razoável de hospitais e médicos, ela não é suficiente para suprir as necessidades do acidente. Seis hospitais da região estão recebendo os feridos e outros dois, em Porto Alegre, já começam a atender os pacientes que estão chegando de helicóptero.
Além do sangue vindo do hemocentro para auxiliar as vítimas, são necessários equipamentos de ventilação mecânica em função dos problemas respiratórios causados pela inalação excessiva da fumaça tóxica gerada pelo incêndio. Outro mutirão especial está sendo feito para ajudar no reconhecimento dos mortos, que estão em um ginásio esportivo da cidade, aguardando a identificação feita pelos familiares. Há uma dificuldade em reconhecer as mulheres mortas, pois a maioria delas não carregam documentos junto ao corpo.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a casa noturna, Kiss, estava com o alvará vencido desde agosto do ano passado e não tinha autorização para continuar funcionando. Além disso, indícios comprovam que não havia um plano de evacuação para acidentes, o que pode ter dificultado a saída das pessoas.
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