É incrível ver como uma fórmula tão simples e de baixo custo consegue unir todos em casa. Basta Sílvio chamar Ary Toledo e a audiência está garantida. Sai ele e entra o Jogo dos Pontinhos com brincadeiras que mexem só com a criatividade, com aproveitar bem o momento e os temas e a sala continua cheia.
Olho em volta e vejo o sorriso, gente descansando enquanto na tela há zero tecnologia, quase nada em investimento, só mentes ativas, convidados bem balanceados e pronto, está feita a festa. Uma competição aqui, outra ali, vem um transformista para dar mais vida para a plateia, o comunicador debocha da filha, da saia da convidada, arma o circo e riem de lá o que rimos daqui.
E isso há anos! Não é difícil fazer TV, o difícil é sair do casulo onde estão as ideias milionárias para entrar no mundo onde gente quer ver gente, onde o agente é simplesmente o interesse em fazer amigos. Vocês lembram da música cantada na abertura de alguns quadros do Sílvio? “O Sílvio Santos é coisa nossa! Aracy de Almeida é coisa nossa! O Vagner Montes é coisa nossa!” Pois é, neste pequeno trecho está o segredo para conquistar a audiência do brasileiro: basta saber o que é coisa nossa e jogar na tela. Para tal precisa conhecer o telespectador, estar voltado para o país e não para seu próprio umbigo.
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