Jô Soares Onze e Meia foi um programa de entrevistas apresentado por Jô Soares no SBT. A atração estreou em 17 de agosto de 1988 e ficou no ar até 30 de dezembro de 1999. Inicialmente, era exibido somente de terça à sexta-feira, passando a ser de segunda a sexta-feira pouco tempo depois. Esse programa caracterizou-se por mostrar o lado entrevistador de Jô, que até então era mais conhecido como humorista.
No total, foram realizadas 6927 entrevistas, num total de 2309 edições do programa.
Seu relógio no logo, apontava para o horário das 23h30, mas nunca cumpriu o horário |
História
Em 1988 Jô Soares saiu da Rede Globo, onde fizera o humorístico "Viva o Gordo" até o ano anterior porque queria renovar sua carreira, porque recebera uma proposta salarial melhor e porque não o teriam deixado fazer um programa de entrevistas no fim de noite, inspirado no que fazia José Silveira Sampaio, com quem trabalhara na década de 1960. A sugestão partiu do humorista Carlos Alberto de Nóbrega.
O programa ganhou esse nome porque, teoricamente, começaria às onze e meia da noite. Entretanto, o SBT sempre foi conhecido por alterar sua grade de programação em função dos desígnios de seu proprietário, Sílvio Santos e, por isso, o programa às vezes começava à meia-noite, outras a uma da madrugada, o que se tornou motivo de muitas anedotas.
Mas, mesmo assim, registrou alguns momentos importantes da história recente do Brasil, quando, por exemplo, entrevistou muitos dos candidatos à presidência da República das eleições de 1989, a primeira após o longo período da ditadura militar. Ficou famosa a entrevista "pouco amigável" entre Jô e o então presidenciável Fernando Collor de Melo. Em certa hora, Jô repreendeu Collor por ele só olhar para a câmera e não para ele, o entrevistador.
Em 1995, os Mamonas Assassinas surgiram para o Brasil através do programa Jô Soares Onze e Meia.
Na estreia do "The Noite", o programa ironizou o extinto programa do Jô, com um cenário cheio de teia |
Em 1989 no dia 12 de julho foi realizado no programa a última entrevista de Raul Seixas que faleceria no mês seguinte, entrevista que contou também com a participação deMarcelo Nova na época.
Em 1992, o grande destaque foi a "CPI eletrônica", que nada mais era do que entrevistar todos os dias algum integrante da CPI que investigava a corrupção no governo Fernando Collor, procedimento que Jô repetiria 13 anos depois, agora na Globo, com os parlamentares que investigavam o Escândalo do Mensalão.
Em 1995, Carlos Villagrán vem ao programa e dá uma entrevista com Jô. No mesmo dia, ele também conheceu seu dublador no Brasil. Nelson Machado. Villagrán quando veio ao Brasil participou deste programa, e do Programa Livre
O programa foi exibido pela última vez em 30 de dezembro de 1999, sendo extinto quando Jô Soares voltou para a Rede Globo, onde atualmente apresenta o similar Programa do Jô.
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