terça-feira, 3 de março de 2015

Nickleodeon pode ser a nova Disney do SBT; entenda

As séries “Sam e Cat”, “A Família Hathaways”, “The Amanda Show”, “The Journey of Allen Strange” e “Kenan e Kel”. Os desenhos “Tartarugas Ninja”, “Os Padrinhos Mágicos” e “Bob Esponja”. Os telefilmes “Jinxed” e “Swindle”. Sabe o que tudo isso tem em comum? São produtos Nick (ou da Viacom, como queiram) desembarcando no SBT sem medo de ser feliz. 

Fazendo uma análise rápida, é fácil perceber que é a maior aquisição do SBT junto a uma única distribuidora sem contar contratos exclusivos que já manteve com Warner, Paramount, Disney ou MGM. 

Quando o SBT decidiu manter a programação infantil / infanto-juvenil de desenhos e séries na grade, não se esperava que viria uma aproximação tão grande com a Viacom/Nick, até porque ela mantinha um catálogo considerável de produtos na Globo e também na Bandeirantes. 

Com o fim cada vez mais iminente da programação infantil na Globo e a pouca repercussão alcançada mesmo com a migração de bons produtos para a Band, o SBT virou um alvo preferencial. 

Analisando as compras divulgadas, é possível ver potencial para vários produtos. O acervo, tanto antigo (Doug, Rugrats e cia limitada) quanto atual da Nick é muito rico e com muitos produtos com a cara do SBT. Bob Esponja, por exemplo, tem episódios a perder de vista. O sucesso atual do personagem nos cinemas brasileiros mostra a força que o personagem tem. Pode virar um grande coringa na programação. 

Da mesma forma, Padrinhos Mágicos, que estava na Band, não teve lá o apelo necessário para alcançar a mesma audiência dos tempos de Globo. No SBT, muito provavelmente, vai recuperar essa força. 

Para quem cobra tanto a renovação das séries no início das tardes, sem dúvida é muito bem vinda a parceria com a Viacom. São as que tem maior apelo para assumir esse horário. “Kenan e Kel” pode ser a primeira testada no horário e, na onda, vir outras. Vale lembrar que iCarly desapareceu da grade da Band recentemente e, num futuro breve, também pode migrar para o SBT. 

Essa relação Viacom e SBT tem tudo para vingar. Se de um lado a Viacom precisa de uma emissora aberta que ainda mantenha uma programação infantil/infanto-juvenil forte, do outro o SBT precisa de uma parceria sem pressão por um contrato fixo, muitas vezes custoso e que obriga a emissora levar mais do que precisa. 

Como visto, é possível sim fazer uma programação infantil capaz de se destacar em audiência. Basta ter criatividade na busca de produtos e capacidade para inovar no seu conteúdo. Como ainda uma inovação no formato, em si, do Bom Dia e Cia, ainda parece um sonho longínquo, é ainda mais fundamental investimento em desenhos e séries teens para chamar a atenção do público infantil, cada vez mais seduzido pela TV paga. 

E fica a dica: os produtos Nick/Viacom no SBT não param por aí. Vêm mais novidades, ainda não divulgadas, para rechear ainda mais essa relação. Quem sabe uma relação tão boa que possa render até um Nick Cruj? Não custa sonhar.

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