sexta-feira, 9 de novembro de 2012


Opinião SBTpedia: Feriadão SBT é o modelo ideal para a programação infantil


O SBT desde sua origem sempre foi fiel ao público infantil. Até hoje os programas do Bozo, Sérgio Malandro, Mariane, Simony, Mara Maravilha e Eliana são lembrados por adultos que contam histórias de que a infância garantida na TV era na emissora de Silvio Santos. Para os mais jovens, programas como Disney Cruj e Passa ou Repassa estão entre os primeiros da preferência quando eram pequenos. Os tempos mudaram, a criançada passou a ser mais critica e a TV aberta infelizmente não soube acompanhar as novas exigências do setor tecnológico. Programação infantil na TV virou apenas sinônimo de desenho animado.

No entanto, ano passado o SBT contratou a dupla de palhaços Patati Patatá para reforçar o Carrossel Animado – programa que até então não apresentava esperanças para continuar na grade – e desde então a audiência subiu, com a velha fórmula das brincadeiras por telefone, que, diga-se de passagem, algumas são as mesmas utilizadas pela época do Bozo. Nesse sentido, provou-se que as crianças ainda tinham espaço na TV aberta e que os tempos não mudaram desde que haja uma boa intenção por trás do produto. A revista VEJA desta semana, inclusive, trás uma reportagem falando do sucesso dos palhaços e do programa Carrossel Animado.

A verdade é que o problema se chama acomodação. É bem verdade que as crianças são menos exigentes que os adultos, mas hoje em dia são inúmeras as opções de entretenimento em competição com a TV: games, internet, celular, tabletes e outros diversos equipamentos a disposição em tempo real. Por conta disso, não dá pra manter uma programação diária pautada nas mesmas brincadeiras. O modelo ideal para este público é visto nos feriados na programação do SBT denominada de “Feriadão SBT”, na qual os apresentadores infantis juntam-se ao vivo, com plateia, para animar o público com jogos, bandas, apresentações e, sobretudo a emoção real, diferente do contato superficial por telefone. O modelo apresentado não é nenhuma novidade, mas remonta um elo perdido na emissora: a imagem de companheirismo e improviso dentro do estúdio.

Se no passado o SBT dedicava boa parte da programação para programas infantis de qualidade, porque não permitir que o investimento proporcionado aos feriados seja diário? O DNA do SBT sempre foi programas de auditório, sem gesso e com comunicação direta com o público de casa. E grande parte desse público são as crianças, sem espaço adequado nas outras emissoras. Agora com a aposta em Carrossel no horário nobre, seria uma boa oportunidade para dar uma atenção maior para garotada nas manhãs também.

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